O Aeolosaurus maximus foi um dinossauro saurópode que habitou o território brasileiro durante o final do Cretáceo. Sua descoberta foi importante porque outros dois dinossauros do mesmo gênero foram encontrados na Argentina, permitindo estabelecer um parentesco com outros titanossauros sul-americanos.
CLASSIFICAÇÃO:
FILO: CORDADO
CLASSE: REPTILIA
SUPERORDEM: DINOSAURIA
ORDEM: SAURISCHIA
SUBORDEM: SAUROPODOMORPHA
INFRAORDEM: SAUROPODA
CLADO: TITANOSAURIA
FAMÍLIA: AEOLOSAURIDAE
TRIBO: AEOLOSAURINI
GÊNERO: AEOLOSAURUS
ESPÉCIE: AEOLOSAURUS MAXIMUS
DESCOBERTA:
Entre 1997 e 1998 uma equipe do Museu de Paleontologia de Monte Alto fez uma prospecção de fósseis num local cerca de 12 km da cidade de Monte Alto, estado de São Paulo, Brasil. Foram encontradas vértebras cervicais, vértebras dorsais, vértebras caudais, costelas dorsais, costelas cervicais, fêmures, ísquio, úmero entre outros fragmentos, que foram identificados pertencentes a um único indivíduo.
Todo esqueleto estava enterrado num espaço de 100 m², sendo que o dinossauro morreu deitado com o lado esquerdo para baixo. Supõe-se que ele tenha sido predado por carniceiros após sua morte, já que dentes de crocodilomorfos e terópodes foram encontrados próximos à área do fêmur, embora nenhuma evidência de mordida tenha sido observada nos fósseis.
Durante muito tempo estes fósseis foram identificados como pertencentes ao gênero Aeolosaurus, que já havia sido descoberto na Argentina, mostrando que ocorria deslocamentos de dinossauros por toda America do Sul. Somente em 2011 ele foi identificado como uma nova espécie, batizada de Aeolosaurus maximus pelos paleontólogos Antonio de Arruda-Campos e Rodrigo Santucci.
ETIMOLOGIA:
O nome do gênero Aeolosaurus é uma referência ao deus grego do vento chamado Éolo, porque a região na Argentina onde o primeiro espécime de Aeolossauro foi descoberto é marcada por fortes ventanias. Já o nome da espécie maximus se deve ao fato do Aeolossauro brasileiro ser muito maior que as outras espécies argentinas.
O DINOSSAURO:
O Aeolosaurus maximus era um titanossauro, saurópode de pescoço e cauda longos, com hábitos herbívoros, quadrúpede e com patas redondas como a de elefantes. Deveria pastar enormes quantidades de comida para sustentar seu corpo, além de viver em bandos e contar com osteodermos em suas costas para se proteger de ataques de outros animais, embora seu tamanho já afastasse os predadores.
Ele viveu no Brasil durante as idades do Campaniano e Maastrichtiano (entre 83,6 e 66 milhões de anos atrás), e foi provavelmente o maior dinossauro da espécie, podendo ter medido mais de 16 metros, com uma altura de 2 metros e pesado mais 15 toneladas.
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