De acordo com pesquisadores dos EUA, outro fenômeno estaria por trás do fim dos animais pré-históricos.
A teoria mais aceita sobre o fim dos dinossauros diz que eles foram extintos devido ao impacto de um asteroide gigante há 66 milhões de anos. Mas um novo estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), aponta uma causa diferente. De acordo com os pesquisadores, o verdadeiro motivo estaria relacionado com vulcões.
Erupções vulcânicas e extinções em massa
O novo estudo fornece evidências de que a ligação entre grandes erupções vulcânicas e eventos de extinção em massa (como o que matou os dinossauros) não é apenas coincidência. Segundo os pesquisadores, quatro das cinco extinções em massa estão associadas a um tipo de erupção massiva chamada de basalto de inundação. Essas erupções podem inundar vastas áreas (até mesmo continente inteiro) com lava em apenas um milhão de anos, período considerado curto em escala geológica.
Erupções vulcânicas desse tipo atingiram o subcontinente indiano na época da grande extinção dos dinossauros, criando o que hoje é conhecido como o planalto do Decão. Assim como a queda de um asteroide, esse fenômeno resultaria em efeitos globais de longo alcance, cobrindo a atmosfera de poeira e fumaça tóxica, asfixiando dinossauros e outras formas de vida. No entanto, apenas a extinção em massa que aconteceu há 66 milhões de anos está associada ao impacto de um asteroide.
Essas erupções no subcontinente indiano sugerem que o cenário estava pronto para uma extinção generalizada mesmo sem o impacto do asteroide, segundo Theodore Green, principal autor do estudo e pesquisador do Dartmouth College, nos Estados Unidos. Assim, os pesquisadores acreditam que a queda do asteroide provavelmente exacerbou uma situação já muito séria devido ao vulcanismo extremo. "Nossos resultados tornam muito difícil ignorar o papel que o vulcanismo desempenhou nessas extinções", completou o professor de ciências planetárias Brenhin Keller, um dos autores do estudo.
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